quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Pensei estar superada a perseguição que sofremos na ditadura", discursa a deputada Janete

Autor da Lei Capiberibe, João Capiberibe, o presidente do Conselho Nacional da OAB Ophir Cavalcante e o coordenador da Associação Contas Abertas, Gil Castelo Branco (Crédito: Humberto Pradera)
Governador Alberto Goldmann (SP) elogia Lei Capiberibe assistido na primeira fila pelo autor João Capiberibe (Crédito: Contas Abertas)  
 
Senador Cristovam Buarque (PDT/DF), Janete Capiberibe, Carlos Siqueira (Fundação João Mangabeira) e João Capiberibe na publicação da ferramenta de combate à corrupção (Crédito: Sizan Luis Esberci)

Brasília, 14/07/2010 - A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) discursou hoje, 14, na tribuna da Câmara dos Deputados para anunciar a publicação do ranking da transparência nas contas públicas, cuja publicação na internet resultou da Lei Capiberibe (Lei Complementar 131/2009), de autoria do então senador amapaense João Alberto Capiberibe (PSB). O ranking foi publicado hoje na sede nacional da OAB, em Brasília e é liderado pelo site do Governo Federal, seguido pelos dos Governos de São Paulo e Pernambuco. Pode ser conferido em http://www.indicedetransparencia.org.br/. A militância política do casal Capiberibe é conhecida pelo combate frontal à corrupção e ao totalitarismo.

A socialista desabafou ao relatar a perseguição política que sofreram, ela e seu esposo João Capiberibe, durante a ditadura militar, e, agora, na democracia, por conta dos firmes posicionamentos ideológicos e, principalmente, pelo combate incansável à corrupção.

A deputada repudiou a tentativa de impugnar sua candidatura e a de João Capiberibe com base na Lei da Ficha Limpa, depois de ambos terem tido seus mandatos cassados por uma manobra que Janete afirmou ter sido montada pelo grupo político autointitulado “Harmonia”, ligado ao senador José Sarney, com o objetivo de anular sua atuação política no Amapá. Segundo ela, os seus adversários políticos de agora são os mesmos ou tem o mesmo comportamento daqueles que os perseguiram por defenderam a democracia durante a ditadura.

Somos os únicos opositores às práticas de Sarney e seus aliados, de quem divergimos frontalmente ao defendermos a democracia plena, o desenvolvimento sustentável, a distribuição da riqueza, a justiça social, a liberdade de expressão e, especialmente, ao combatermos a corrupção. Não aceitamos a democracia do sim, senhor, do feudalismo e da subserviência. Não aceitamos a opressão a que são submetidas as populações do Amapá e do Maranhão. Não aceitamos a corrupção que tomou conta do Amapá”, agigantou-se a deputada Janete Capiberibe. (Siza Luis Esberci)

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